segunda-feira, setembro 18, 2006



K.

seu beijo é um verme perfumado
na língua carne crua de coisas não ditas.
sua pele é pálida quente cheia de gente
e meu corpo-parasita dela foi cuspido
e ainda se ressente da seiva sinuosa
que escorre por seus penhascos-coxas.




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Z.

ando impaciente,
presente-ausente,
uma sequência absurda de sins-nãos vertiginosos
que pulam da língua-lebre cheia de gosto luz,
de gosto quase,
quase-tudo por fazer,
devir...




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Y.


clara clara clara bóia

boca aberta

carne morta

coluna torta

clara clara claribóia

se atirou

se estilhaçou

se espatifou no lago

no lado

clara bóia

morta-torta



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