Criminalizando movimentos sociais

Nas últimas semanas, recebi dois emails que demonstram que as lutas sociais concretas correm paralelas às lutas simbólicas. Sim, essa constatação é óbvia, visto que é artificial a separação entre “infraestrutura econômica” e “superestrutura ideológica”. Inclusive, desconfio que não haja sentido falar de um campo “determinando” outro, numa relação direta do tipo: “o contexto econômico determina o ideológico”. Há, sim, interrelações intrincadas e sobredeterminações mútuas. Não conheço uma luta social que também não seja travada, simultaneamente, no campo das ideias.

Mas, voltemos aos emails...

Num deles, há um que informa sobre dois sites feitos para desgastar a imagem do MST. Eles teriam sido produzidos, segundo o autor da mensagem, por uma ONG que teria como diretor um publicitário do DEM -- aquele partido que muda de nome, mas que não consegue esconder sua vocação “reaça”, desde quando se chamou Arena e foi o partido baba-ovo dos gorilas militares. Confirme-se ou não essa informação, vale a pena ficar ligado na movimentação dos setores mais reacionários, com suas estratégias sempre muito bem tramadas para criminalizar quaisquer movimentos que ameacem o status quo. Com um bom saco para vômito ao lado, confira:

www.vamostirarobrasildovermelho.com

www.paznocampo.org.br

Já outro email mostra que os movimentos de esquerda estão ligados nessa campanha das direitas. Ele nos traz um link para download da cartilha “Criminalização dos movimentos sociais”, lançada pela Via Campesina. Segue:

www.landaction.org

Como se vê, as lutas de carne e osso não podem prescindir das lutas por corações e mentes.

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