terça-feira, dezembro 29, 2009



Ao som das máquinas do tempo

No rock o tempo não para. Passado e presente se misturam em rearranjos de velhos riffs, que paradoxalmente nunca envelhecem. Os dez mais da década passada podem soar como os dez mais de três décadas atrás.

O que há de "novo", afinal? O disco mais recente do Sonic Youth, banda formada no início dos anos 80? A turnê do dinossáurico AC/DC pelo Brasil? Ou recentes apresentações de Jerry Lee Lewis ou Chuck Berry, icones dos 50's?

O que poderia soar como falta de criatividade acaba sendo o mote que realimenta nossos desejos de ouvir algo original que soe como algo familiar.

Difícil pôr em palavras o que separa um clichê travestido de releitura (são muitos) daquelas empolgantes manifestações de boas influências de outras épocas. Vale a fórmula: rolou no som, entrou nos ouvidos e agradou ao cérebro... Tá aprovado.

Creio que o Black Drawing Chalks, de Goiânia (GO), se enquadre na segunda categoria. Som sem firulas, calcado na melhor tradição das bandas de garagem dos anos 60/70 -- o que, convenhamos, ainda faz bem aos ouvidos em projetos como White Stripes, Queens of the Stone Age, Strokes, Them Crooked Vultures, e muitos etceteras.

Liguemos a máquina de tempo, então, e iniciemos a viagem.

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