Pequenos grandes momentos
Sucesso de crítica e público? Best-seller arrasa-quarteirões? Figurinha fácil em listas dos "10 mais" de alguma revista semanal de ampla circulação? Nada disso.
Era apenas uma pequena e simpática livraria, uma boa dezena de amigos e um livro sobre um movimento que sempre andou nas margens dos "grandes momentos da história" (segundo a lógica da historiografia oficial). A despeito disso tudo (ou justamente por causa disso), o lançamento do volume 2 de "História do Anarquismo no Brasil" foi um imenso prazer, que coube certinho na estreita Rua do Ouvidor.
Esse era o lance: o encontro tête-à-tête, o abraço amigo, o sorriso camarada de companheiros de longa ou curta data. O que ficou foi isso: o orgulho de fazer parte de uma família, por menor que seja, quando comparada a outros grupos, livrarias, lançamentos, tiragens, etc, etc, etc.
Mas é dessa forma que me sinto bem. Se amasse o bafo quente das multidões, compactuaria com as ideias de quem está no poder, e não seria anarquista; ou então gostaria de baile funk, não de shows de rock underground; ou torceria para o Flamengo, não para o Fluminense.
Então, a filosofia é esta: somos Davis, com pedras na mão, a atirar na cara enrugada do gigante. Ele permanece, em nada altera seu pesado movimento, mas insistimos na luta, na agitação, na propaganda. E o livro é mais um capítulo dessa história.
Fiquei muito feliz e satisfeito de reencontrar amigos que não via há um tempo, tanto do Centro de Cultura Social (CCS) quanto do curso de história da UFF. Laços retomados, ânimo redobrado. E a certeza de que um homem não pode se deixar tragar pela vida; ele deve tomar o leme e navegar, onda após onda.
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Era apenas uma pequena e simpática livraria, uma boa dezena de amigos e um livro sobre um movimento que sempre andou nas margens dos "grandes momentos da história" (segundo a lógica da historiografia oficial). A despeito disso tudo (ou justamente por causa disso), o lançamento do volume 2 de "História do Anarquismo no Brasil" foi um imenso prazer, que coube certinho na estreita Rua do Ouvidor.
Esse era o lance: o encontro tête-à-tête, o abraço amigo, o sorriso camarada de companheiros de longa ou curta data. O que ficou foi isso: o orgulho de fazer parte de uma família, por menor que seja, quando comparada a outros grupos, livrarias, lançamentos, tiragens, etc, etc, etc.
Mas é dessa forma que me sinto bem. Se amasse o bafo quente das multidões, compactuaria com as ideias de quem está no poder, e não seria anarquista; ou então gostaria de baile funk, não de shows de rock underground; ou torceria para o Flamengo, não para o Fluminense.
Então, a filosofia é esta: somos Davis, com pedras na mão, a atirar na cara enrugada do gigante. Ele permanece, em nada altera seu pesado movimento, mas insistimos na luta, na agitação, na propaganda. E o livro é mais um capítulo dessa história.
Fiquei muito feliz e satisfeito de reencontrar amigos que não via há um tempo, tanto do Centro de Cultura Social (CCS) quanto do curso de história da UFF. Laços retomados, ânimo redobrado. E a certeza de que um homem não pode se deixar tragar pela vida; ele deve tomar o leme e navegar, onda após onda.
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